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Presidente do banco central da Holanda declara oposição à compra de títulos por BCE

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Por Redação
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O presidente do banco central da Holanda, Klaas Knot, afirmou ser contrário à decisão do Banco Central Europeu de iniciar um programa de compra de bônus governamentais com dinheiro novo para tentar fazer frente à deflação na zona do euro. Em entrevista a um canal de televisão transmitida neste domingo, Knot disse que o principal impacto da medida pode ser uma redução no valor do euro contra outras moedas. Explicando seu ceticismo sobre a política conhecida como "quantitative easing", ou "QE", Knot a descreveu como "último recurso" que ele gostaria que o BCE mantivesse em reserva. "Haverá alguns efeitos dessa política de compras, mas se isso será suficiente para justificá-la, um remédio tão potente como esse, com consideráveis efeitos colaterais, o futuro dirá", disse Knot. O presidente do BC holandês disse que não sabe o que o BCE fará se o QE fracassar em tentar fazer a inflação na zona do euro sair de patamar de perto de zero para a meta de pouco abaixo de 2 por cento. "Isso é como a última ferramenta de nosso estojo", disse Knot. "Se continuarmos seguindo esse caminho de ligar a impressora de dinheiro, você poderá, claro, comprar tudo que a sociedade tem para vender... mas estaremos cada vez mais longe do papel principal de um banco central." O BCE anunciou na quinta-feira que vai começar em março um programa mensal de compra de 60 bilhões de euros em ativos. A decisão sofreu oposição do chefe do banco central da Alemanha, Jens Weidmann, entre outros.

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