DUELO DE TITÃS
Para a campanha, Dilma terá a seu lado, mais uma vez, um potente cabo eleitoral: Lula, que passou os últimos anos afastado da Presidência, mas não longe dela, já que foi um dos mais importantes conselheiros da presidente, e muito menos da política, atuando intensamente junto ao PT e aos partidos aliados, além de ter participado ativamente das eleições municipais de 2012, especialmente em São Paulo.
“O Lula será o eleitor mais importante desta eleição... ele continua forte”, aposta Viana.
Como o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, dá sinais de que irá usar o ex-presidente tucano Fernando Henrique mais do que o fizeram seus colegas de partidos que tentaram chegar ao Palácio do Planalto, a campanha de 2014 poderá ter uma sensação de déjà vu.
“As duas figuras centrais desse embate, os estandartes das duas campanhas serão Lula e FHC”, prevê Guimarães.
Os aliados de Dilma veem outro trunfo para ser explorado a favor de sua reeleição. Em tempos de pouca empatia da população pelos políticos, a ideia é reforçar seu perfil de gestora – apesar do questionável desempenho da economia – e sua rigidez contra irregularidades.
Foi durante a “faxina” no primeiro ano de seu mandato, quando vários ministros acusados de envolvimento com irregularidades saíram do governo, que a presidente alcançou alguns de seus melhores níveis de popularidade.
“Acho que o país não está precisando de alguém que seja um ativista político. A política está em xeque. O desafio vai ser do ponto de vista de gestão”, avalia o vice-presidente do Senado.