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Protesto na Ucrânia reúne 100 mil e tem confronto com a polícia

Manifestantes se reuniram na capital Kiev neste domingo, desafiando as leis que proíbem protestos antigoverno

Por Agência Estado
Atualização:

 

Na sexta-feira, Yanukovych promulgou uma nova legislação que proíbe virtualmente todas as formas de protesto, em um movimento classificado pela oposição de "golpe" e criticado por potências ocidentais como antidemocrático. As manifestações contra o presidente começaram no fim do ano passado, quando ele encerrou negociações para uma aproximação com a União Europeia e estreitou os laços com a Rússia.

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O protesto deste domingo foi convocado por três partidos de oposição, que também pretendem organizar uma greve geral. Manifestantes montaram barricadas nas ruas com arame farpado e dizem que a hora de agir é agora ou nunca. "Hoje eu espero ações decisivas e drásticas da nossa oposição. Não podemos esperar mais, ou vencemos ou o país cairá em uma ditadura", comentou Sergiy Nelipovych, um carpinteiro da cidade de Lutsk.

As novas leis permitem a prisão por até cinco anos de quem bloquear prédios públicos e a detenção de quem usar máscaras ou capacetes. Outras regras proíbem a propagação de "difamações" pela internet e apertam o cerco contra organizações não governamentais que recebem apoio de entidades estrangeiras.

Em um sinal das crescentes tensões no país, o presidente Yanukovych demitiu nesta sexta-feira seu chefe de gabinete, Sergiy Lyovochkin, e não vai participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

(Com informações das agências Associated Press e Reuters)

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