PV mantém anúncio sobre apoio no 2o turno para dia 17

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Por Redação
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A decisão sobre um eventual apoio do PV a um dos presidenciáveis no segundo turno das eleições sairá no domingo, como previsto. Nesta quarta-feira, o partido realizou reunião da executiva, com a presença da candidata derrotada Marina Silva, para preparar o evento. "A plenária será exclusivamente para deliberar em torno dessas três posições", afirmou o vice-presidente do partido e deputado federal eleito Alfredo Sirkis. O partido vai deliberar sobre a possibilidade de apoiar uma das candidaturas ou permanecer independente. Segundo explicou Sirkis, 156 delegados decidirão a posição a ser adotada pelo partido, entre dirigentes, conselheiros e membros do projeto de campanha da ex-presidenciável. A senadora reforçou a intenção de debater o documento chamado "Agenda por um Brasil Justo e Sustentável", enviada aos candidatos na última semana. Segundo informou Marina, as duas equipes de elaboração de programa manifestaram interesse em aprofundar a discussão. "Queremos desdobramentos", afirmou Marina, que confirmou ter conversado com a candidata petista, Dilma Rousseff, sobre a intenção de promover um diálogo entre os responsáveis pela elaboração do programa de governo. Marina afirmou ainda que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) "manifestou a amigos" que gostaria "de ter a oportunidade de conversar" com ela. Questionada sobre a importância dada a temas religiosos na campanha eleitoral, Marina reconheceu a "força" que os "temas comportamentais" ganharam nestas eleições e lembrou que, no início da campanha, os questionamentos eram atribuídos "quase exclusivamente" à sua candidatura. "Eu sempre tratei essas questões com muita coerência, mas ao mesmo tempo com muito respeito, para que as questões fossem aprofundadas no mérito, inclusive com respeito àqueles que tinham posições diferentes da minha", afirmou. Ao deixar a reunião, o candidato derrotado ao governo do Rio, deputado Fernando Gabeira, disse que qualquer decisão a ser tomada será harmônica. "Há um consenso de que qualquer que seja a decisão, qualquer uma das três hipóteses... tudo será feito de uma maneira harmônica, preservadas a identidade e a autonomia da minoria", disse. Terceira colocada no primeiro turno com cerca de 20 milhões de votos, Marina virou alvo de disputa entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) para um apoio neste segundo turno. A ex-presidenciável já sinalizou que poderá adotar uma posição diferente da acertada pelo partido, sob a justificativa de se tratar de uma "discussão democrática" na qual existe a "possibilidade da diferença." (Reportagem de Bruno Peres)

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