PUBLICIDADE

Revisor do mensalão inicia leitura do voto nesta 4a no STF

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O revisor da ação penal do chamado mensalão, ministro Ricardo Lewandowski, iniciará nesta quarta-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF), a leitura do seu voto no processo, que poderá ter pontos divergentes aos apresentados pelo relator do caso, Joaquim Barbosa. Lewandowski abordará somente a questão relativa ao desvio de recursos públicos em contratos assinados entre Câmara dos Deputados e Banco do Brasil com as agências de publicidade de Marcos Valério, apontado como principal operador do suposto esquema. A expectativa é que o revisor leve até duas sessões para ler seu voto, mesmo tempo usado por Barbosa. O método adotado para votação prevê a leitura separada de cada item da denúncia do Ministério Público Federal (MPF). São sete no total. Ao final da leitura do relator e revisor, abre-se espaço para o voto dos demais ministros. Barbosa já votou pela condenação do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato; do ex-diretor de Marketing do BB Henrique Pizzolato por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e de Valério e dois ex-sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, por peculato e corrupção ativa. O relator votou ainda pela absolvição do ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República Luiz Gushiken por falta de provas. As penas só deverão ser definidas após a leitura de todos os votos em todos os sete itens da denúncia. Nesta etapa do julgamento, a Corte reúne-se às segundas, quartas e quintas para a leitura dos votos dos ministros. Não há previsão para o término do julgamento, mas já há expectativa, inclusive entre ministros, de que o processo avance o mês de outubro. O chamado mensalão, um suposto esquema de desvio de recursos e compra de apoio ao governo no Congresso, veio à tona em 2005 e foi a maior crise política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Por Hugo Bachega)

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.