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Rio Tinto vende ativos e abandona produção de carvão em Moçambique

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Por Redação
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A mineradora Rio Tinto fechou acordo para vender ativos de carvão que comprou por meio da aquisição da Riversdale, por 4 bilhões de dólares em 2011, a uma joint venture indiana por apenas 50 milhões de dólares, colocando um fim à sua malfadada presença no setor de carvão de Moçambique. A venda da divisão de carvão de Moçambique para a International Coal Ventures Private Limited (ICVL), inclui a mina de carvão de Benga e outros projetos na província de Tete, ativos que foram avaliados em 71 milhões de dólares no balanço financeiro da Rio em 31 de março. Em 2013, a Rio Tinto demitiu seu presidente-executivo e outros gestores diretamente envolvidos na aquisição da Riversdale e fez uma baixa contábil de 3,5 bilhões de dólares do preço de compra, parcialmente atribuindo-a à impossibilidade de obter a autorização para transportar o carvão em barcaças pelo rio Zambezi. A Rio Tinto vai manter apenas um dos ativos que obteve com a compra da Riversdale: uma pequena mina de carvão na África do Sul chamada Zululand Anthracite Colliery. "Claramente a experiência para a Rio Tinto foi horrível", disse o analista Richard Knights, da Liberum, acrescentado que o preço de venda ficou abaixo do que ele esperava, indicando a possibilidade de uma nova baixa contábil. "Os ativos claramente não eram tão bons quanto pensavam, mas para chegar a uma baixa contábil tão agressiva eles devem ter visto pouca perspectivas no futuro para uma exportação rentável de carvão por Moçambique", disse o analista. O comprador ICVL é uma joint ventura montada pelo governo indiano para comprar ativos de carvão no exterior, em busca de suprimentos para siderúrgicas, usinas térmicas e outras indústrias estatais. A decisão da Rio Tinto de sair do setor de carvão de Moçambique é vista como um golpe para as ambições do país de se tornar um grande exportador de carvão. A brasileira Vale, concorrente da Rio Tinto, também analisa a venda de participações em suas operações de carvão, que incluem a mina de Moatize, em Moçambique, e alguns ativos na Austrália. (Por Silvia Antonioli e Jim Regan; reportagem adicionald e Pascal Fletcher e Krishna Das) ((Tradução Redação São Paulo, 5511 5644 7762)) REUTERS GB MN

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