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Ucrânia diz que combate com rebeldes impede recuperação de corpos de refugiados mortos

Operações para recuperação de corpos de refugiados tiveram que ser suspensas devido aos combates na área

Por NATALIA ZINETS E RICHARD BALMFORTH
Atualização:
Forças ucranianas apertam o cerco contra rebeldes para tentar acabar com o conflito no país, que matou mais de 2.000 pessoas Foto: Aleksey Chernyshev/AFP

Quinze corpos foram recuperados do local onde um ataque de artilharia acertou um comboio de refugiados no leste da Ucrânia, mas novas operações foram suspensas devido aos combates na área, disse um porta-voz militar ucraniano nesta terça-feira.

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Militares de Kiev disseram que separatistas pró-Russia atacaram o comboio de ônibus na segunda-feira, matando dezenas de pessoas, inclusive mulheres e crianças, mas ainda não forneceram evidências visuais do caso.

Os separatistas negam responsabilidade, e pelo menos um dos líderes rebeldes sugeriu que nenhum ataque aconteceu.

Forças ucranianas estão apertado o certo contra o rebeldes para tentar acabar com o conflito no país, que já dura quatro meses e matou mais de 2.000 pessoas, além de ter aumentado os temores do Ocidente de uma intervenção militar russa - mesmo frente à negativa de Moscou.

O porta-voz militar Andriy Lysenko disse que 15 corpos foram recuperados na segunda-feira à noite dos destroços do comboio, que incluía ônibus e carros, e as operações continuaram na terça-feira.

Mas ele acrescentou depois que novos combates na área pararam as operações de busca. “O trabalho agora foi suspenso por causa da atividade militar na área”, disse Lysenko em uma coletiva de imprensa.

A Ucrânia diz que o ataque aconteceu perto da cidade de Luhansk, próxima à fronteira com a Rússia, em uma área onde houve intensa troca de ataques de artilharia entre forças do governo e separatistas.

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Os militares disseram na segunda-feira que muitas das pessoas mortas ficaram tão carbonizadas que isso impossibilitaria o reconhecimento das vítimas. Muitos corpos foram destruídos pela explosão.

O Departamento de Estado dos EUA condenou o ataque, mas disse que não pode confirmar quem foi o responsável.

Forças do governo têm progressivamente avançado sobre território rebelde e agora dizem ter cercado tanto Donetsk quanto Luhansk, as duas principais cidades controladas pelo separatistas.

Semyon Khodakovsky, um comandante rebelde, foi detido por forças do governo, segundo o Ministério do Interior.

Com a vitória do governo próxima, um cessar-fogo não parece ser uma vantagem para Kiev, apesar da pressão da Rússia por uma trégua.

Lysenko relatou novo progresso nesta terça-feira, dizendo que forças do governo combatiam rebeldes no centro de Luhansk. “Um distrito da cidade foi liberado. O combate acontece agora na parte central da cidade”, disse ele.

(Por Natalia Zinets)

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