Última pandemia de gripe, em 1968, matou 1 milhão

Apenas três pandemias de gripe foram registradas no último século, apesar das várias ameaças.

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Por BBC Brasil
Atualização:

Apesar das várias ameaças de pandemia de gripe, no último século foram registradas apenas três casos de epidemias globais, a última delas há mais de quatro décadas. Em 1968, a propagação de um vírus da gripe originado em Hong Kong provocou a morte de 1 milhão de pessoas, segundo as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Antes disso, em 1957, cerca de 2 milhões de pessoas morreram em consequência da "gripe asiática", originada na China. As pandemias de 1957 e 1968 foram relativamente leves em comparação à gripe espanhola, que matou até 50 milhões de pessoas entre 1918 e 1919 e infectou cerca de 40% da população mundial. Ameaças Apesar de não ter havido nenhuma pandemia de gripe após 1968, houve desde então várias ameaças e alertas da OMS. Nos últimos anos, vários países do mundo vinham se preparando para uma possível propagação do vírus da gripe aviária, cujos primeiros casos foram registrados em 1997. O quadro de pandemia não se concretizou até hoje, porém, com apenas raros casos de contágio entre seres humanos do vírus H5N1, causador da gripe aviária. Na grande maioria dos casos, a contaminação ocorreu por contato com aves infectadas. No atual foco de gripe suína, originado no México, apesar de o novo tipo do vírus H1N1 ter aparecido inicialmente em porcos, a propagação da doença tem ocorrido por meio de contágio entre seres humanos. Isso levou a OMS a elevar na segunda-feira o nível de alerta para a gripe suína de 3 para 4 numa escala até 6. No caso da gripe aviária, o nível de alerta nunca havia chegado a 4. Em 2005, a OMS havia estimado que uma eventual pandemia de gripe aviária poderia provocar entre 2 milhões e 7,4 milhões de mortes em todo o mundo. Segundo a organização, essa era uma estimativa conservadora, baseada em dados da pandemia de 1957, considerada leve. As epidemias anuais de gripe comum costumam atingir de 5% a 15% da população e provocam entre 250 mil e 500 mil mortes anuais, principalmente entre idosos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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