PUBLICIDADE

Últimas pesquisas Datafolha e Ibope não têm favorito claro entre Dilma e Aécio

Por ALEXANDRE CAVERNI
Atualização:

As últimas pesquisas Datafolha e Ibope realizadas antes do segundo turno da eleição presidencial não apontaram um favoristimo claro na disputa entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), embora a presidente apareça com uma vantagem de 4 e 6 pontos percentuais, respectivamente. Como parte das entrevistas foram realizadas na sexta-feira, os levantamentos não devem ter capturado plenamente o impacto do debate na TV Globo nem os últimos desdobramentos do escândalo de corrupção na Petrobras. Segundo o Datafolha, considerando os votos válidos (excluindo brancos, nulos e indecisos), Dilma passou a 52 por cento (ante 53 por cento na pesquisa anterior), enquanto Aécio foi a 48 por cento (ante 47 por cento). Como a margem de erro é de 2 pontos percentuais, os candidatos estão no limite do empate técnico. Pelo Ibope, a presidente passou a 53 por cento (ante 54 por cento), enquanto o tucano foi a 47 por cento (ante 46 por cento). A margem de erro também é de 2 pontos percentuais. Considerando o eleitorado total, a vantagem de Dilma sobre Aécio no Datafolha é de 47 a 43 por cento (ante 48 a 42 por cento), enquanto pelo Ibope é de 49 a 43 por cento (ante 49 a 41 por cento). Os eleitores que planejam votar em branco ou anular seus votos somam 5 por cento nos dois levantamentos. Já os indecisos são 5 por cento no Datafolha e 3 por cento no Ibope. As pesquisas divulgadas na última quinta-feira, quando Dilma abriu mais vantagem sobre Aécio, pareciam indicar que as denúncias de corrupção na Petrobras tinham exaurido seu impacto sobre a presidente. Agora os dois institutos mostraram que a tendência de crescimento da petista parou, enquanto o tucano ganhou fôlego. No caso do Ibope, esse fôlego pode ter vindo dos eleitores que planejam votar em branco ou nulo, que somavam 2 pontos percentuais a mais no levantamento anterior. Mas neste momento a rejeição ao candidato do PSDB ainda é levemente maior do que a sofrida pela presidente e, ao mesmo tempo, o voto nela parece mais consolidado. Segundo o Datafolha, 41 por cento dos eleitores disseram que não votariam nele "de jeito nenhum" (eram 40 por cento na pesquisa anterior), enquanto a rejeição a Dilma está em 38 por cento (ante 39 por cento). Por outro lado, 46 por cento responderam que "votariam com certeza" na presidente, contra 41 por cento no tucano. Na reportagem publicada no site do jornal Folha de S.Paulo que traz os números do Datafolha há um alerta de que "os números da atual pesquisa não podem ser confundidos com uma tentativa de previsão dos resultados da eleição". O Ibope tem feito alertas semelhantes. Numa campanha marcada por viradas e imprevisibilidade, os institutos dizem ter ocorrido fortes movimentos de migração de votos na última hora no primeiro turno. Na véspera da primeira votação, o Datafolha mostrava Dilma com 44 por cento dos votos válidos, Aécio com 26 por cento e Marina Silva (PSB) com 24 por cento. Pelo Ibope os números eram, respectivamente, 46, 27 e 24 por cento. Nas urnas, Dilma teve 41,6 por cento dos votos válidos, Aécio chegou a 33,6 por cento e Marina ficou com 21,3 por cento. O Datafolha ouviu 19.318 pessoas em 400 municípios. O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 206 municípios. As entrevistas foram realizadas sexta-feira e sábado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.