MAIORES MARGENS
Mas é na capacidade de diluir custos com a escala de produção que reside a confiança da Vale para lidar com um mercado bem ofertado.
"Estamos moderadamente otimistas quanto a preço, estamos muito otimistas com relação a nossa capacidade de ganhar margem com ampliação de volume e também de redução de custo", disse o executivo.
Segundo Martins, a empresa deverá olhar menos para os preços e focar na sua capacidade de administrar volumes e reduzir custos.
"Mais e mais a gente vai ter que olhar menos para a questão do preço e mais na capacidade de administrar os volumes e a redução de custo, no qual a gente tem grande potencial para a melhoria dos nossos resultados", destacou.
Segundo o executivo, houve um crescimento acima do esperado na oferta no mercado transoceânico. "O mercado seaborng (transoceânico) está crescendo este ano quase 20 por cento acima do ano anterior", afirmou.
Esse crescimento, segundo ele, mostra que há grande potencial para a ocupação de produtores menos competitivos.
O crescimento, avaliou Martins, foi devido a ramp-up antecipado de expansões de projetos na Austrália e também devido a um clima favorável em importantes áreas produtoras, incluindo o Brasil.
Entretanto, o mesmo não aconteceu com a demanda. "Esperávamos aumento da demanda um pouco maior, do ponto de vista de aço e ela foi um pouco pior tanto no ocidente, como na própria China", afirmou.
Ele observou que a correção da demanda mais fraca se dá no preço e destacou que o crescimento da oferta da Austrália não deve trazer tanto impacto no próximo ano, apesar de ponderar que outros locais devem apresentar expansão da produção, como o Brasil.
(Por Marta Nogueira)