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Vendas da Unilever são afetadas por desaceleração em emergentes e preços

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Por Redação
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As vendas da Unilever no segundo trimestre, divulgadas nesta quinta-feira, ficaram abaixo das estimativas do mercado, afetadas por uma desaceleração nos mercados emergentes e pelo contínuo marasmo em mercados desenvolvidos. A fabricante de bens de consumo anglo-holandesa afirmou que as vendas subjacentes - que excluem o impacto do câmbio, aquisições e alienações - cresceram 3,8 por cento, ante expectativa de analistas de alta de 4,3 por cento. "No geral, houve uma desaceleração na Ásia", disse o vice-presidente financeiro da companhia, Jean-Marc Huet, à Reuters, citando em particular China e Vietnã. "Na Rússia tem sido difícil, você pode imaginar o porquê". Para o primeiro semestre do ano, o lucro principal por ação subiu 2 por cento, para 0,78 euro, superando com folga estimativas dos analistas, que previam uma queda de 2,6 por cento. Mas o volume de vendas, que mede a quantidade de produtos vendidos, avançou apenas 1,9 por cento, contra ganho de 2,4 por cento previsto por analistas e avanço de 1,9 por cento no primeiro trimestre. "A ausência de aceleração trimestral é desapontadora", disse o analista da RBC Capital Markets James Edwardes Jones, especialmente porque o feriado da Páscoa, que ocorreu mais tarde que o normal, deveria ter elevado as vendas no segundo trimestre, em detrimento do primeiro. Os preços também subiram 1,9 por cento - pouco mais que as expectativas de analistas -, mas caíram 1,4 por cento em mercados desenvolvidos, devido à competição intensa de rivais e gastos mais fracos de consumidores na América do Norte e no norte da Europa. Em mercados emergentes, o preço subiu 4,4 por cento, em um momento em que a Unilever tenta agressivamente compensar a baixa no lucro causada pelo efeito de desvalorizações cambiais e da inflação de commodities. A companhia espera que o câmbio tire de 5 a 6 pontos percentuais do crescimento de suas vendas no consolidado do ano. Os mercados globais nos quais a Unilever opera estão crescendo atualmente cerca de 2,5 por cento, disse Huet, queda em relação aos 3 por cento do início do ano. Ainda assim, a Unilever espera uma performance melhor da companhia do que o desempenho geral desses mercados, disse o executivo. (Por Martinne Geller)

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