A guitarra elétrica nunca mais seria mesma depois que Jimi Hendrix tocou as cordas do instrumento. A revolução musical de Hendrix foi curta na dimensão temporal que se encerrou numa manhã de setembro londrina, mas a partir dali ninguém mais conseguiria fazer o que ele fez. No auge de uma curta, produtiva e brilhante carreira, Jimi Hendrix morria na sexta-feira de 18 de setembro, em Londres, a cidade que o acolheu, o valorizou e levou seu trabalho a outras dimensões. O Estadão do dia seguinte noticiou a morte do artista com o título "Tóxico matou Jimi Hendrix".
"Jimi havia passado a noite com uma amiga, não dormindo no Hotel Cumberland, onde estava hospedado em Londres. Pela manhã ela o encontrou em estado de coma e chamou uma ambulância. "Tudo o que sei é que havia tomado pilulas para dormir", disse ela. Esses pormenores foram revelados por um amigo de Jimi, o cantor inglês Eric Burdon", detalhava a reportagem.
Burdon era o líder do The Animals, grupo que levou Hendrix para Londres depois que Chas Chandler, um de seus integrantes, assistiu a uma performance do guitarrista. Na reportagem sobre a morte, uma declaração de Chandler, sob o subtítulo ''O fenômeno' dava o tamanho da dimensão artística de Jimi Hendrix: "Assim que o vi, adivinhei que ele ia virar a cabeça de todos e iria dar morte a todos os guitarristas do mundo."