Hemingway

Escritor

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Por Redação

Ernest Miller Hemingway

21/71899, Illinois (EUA) – 2/7/1961, Idaho (EUA)

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O vencedor do Prêmio Nobel de Literatura era o segundo dos seis filhos do casal Grace Hall e Clarence Edmonds Hemingway. Herdou da mãe, cantora de ópera e professora de música, o amor pelas artes, e do pai, médico rural e naturalista, o interesse por esportes como a caça e a pesca. Após concluir os estudos secundários, dois meses antes do início da Primeira Guerra Mundial, obteve seu primeiro emprego, no jornal Kansas City Star.

Impossibilitado de ingressar no exército norte-americano devido a problemas de visão, decidiu alistar-se como voluntário na Cruz Vermelha, partindo para Paris para ser motorista de ambulância. Em 1918, enquanto trabalhava junto às tropas italianas próximo a Veneza, foi severamente ferido e passou nove meses num hospital em Milão.

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Aos vinte anos, já escrevendo pequenos contos e esboços publicados em revistas de vanguarda,  mudou-se para Chicago e conheceu sua primeira esposa, Hadley Richardson. Logo após o casamento, depois de rejeitar um convite do Toronto Star, onde trabalhara durante um ano, para ser correspondente no Oriente, Hemingway retornou a Paris, onde passou a trabalhar no Internacional News Service. Durante a década de 1920, viaja pela Europa e escreve, publicando livros de contos. Nessa época, torna-se membro do grupo de expatriados norte-americanos que viviam em Paris, conhecido como “a geração perdida”, composto por importantes artistas como a escritora Gertrude Stein e o poeta Ezra Pound, com os quais desenvolve uma forte relação de trabalho, além do escritor F. Scott Fitzgerald e do mecenas Gerald Murphy. Nessa época também conhece James Joyce e os influentes pintores Pablo Picasso e Joan Miró. Essa experiência vivenciada durante a década de 1920 é contada por ele no romance "O Sol também se levanta" (1926), aclamado pela crítica norte-americana e europeia.  Em 1929, já casado com Pauline Pfeiffer e de volta aos Estados Unidos, Hemingway sofre com suicídio do pai e termina de escrever "Adeus às Armas", obra sobre a experiência militar na Itália, que o alça ao status de celebridade.

Na década de 1930, vai para a Espanha, onde escreve o livro sobre touradas "Morte à Tarde" (1932) e sua única peça teatral, "The Fifth Column". As frequentes viagens à savana africana inspiram as histórias que compõem a famosa "As Neves do Kilimanjaro" (1936) e o livro de não ficção "As Verdes Colinas da África" (1935). Enquanto trabalhava como correspondente para a North American Newspaper Alliance cobrindo a Guerra Civil Espanhola, entre 1937 e 1938, conhece a jornalista Martha Gelhorn, com quem se casa em 1940. Na Espanha escreve uma de suas mais importantes obras, "Por Quem os Sinos Dobram" (1940). Após cobrir também a Segunda Guerra Mundial, muda-se para Cuba e se casa com sua quarta e última esposa, Mary Welsh, que conhecera em Paris.

Em Cuba, continua a escrever, mas no final da década de 1940 sofre uma série de infortúnios como acidentes e problemas de saúde que acabam abalando sua produtividade literária. Começa a escrever a obra póstuma "O Jardim do Éden" (publicada em 1986), e alguns anos mais tarde trabalha na obra que lhe renderia o Prêmio Pulitzer: "O Velho e o Mar" (1952). Após vencer o Prêmio Nobel de Literatura em 1954, já enfrentando problemas com a bebida e a saúde mental, escreve contos que não são bem recebidos pela crítica. Em 1960, após voltar de um temporada acompanhando touradas na Espanha, é diagnosticado com diabetes, cirrose e depressão. Um ano depois, suicida-se em sua casa nos Estados Unidos. Suas obras revelavam os traços característicos do escritor: diálogos concisos, narração direta e simples, interesse constante pela violência e pela morte. Características que o fizeram ser um dos autores mais lidos do século XX.

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