Jung

Psicanalista

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Por Redação

Carl Gustav Jung

26/7/1875, Kessewil (Suíça) – 6/6/1961, Zurique (Suíça)

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Oriundo de uma cidade do interior da Suíça, foi criado numa família bastante religiosa. O avô paterno, que também se chamava Carl Jung, foi responsável pela organização da Universidade da Basileia, onde dava aulas de anatomia. Foi também reitor, dramaturgo e Grão Mestre da francomaçonaria suíça. O pai, Paul Jung, foi filólogo especialista em línguas semíticas e sacerdote de uma igreja reformada suíça. Com o pai, o jovem Jung foi introduzido ao latim e a outros saberes das humanidades. Na juventude, demonstrou interesse por Nietzsche e Goethe. Também alegava querer ser arqueólogo, mas como a família não detinha recursos suficientes para enviá-lo para uma Universidade que oferecesse esse curso, acabou desistindo da carreira.

Estudou em um colégio interno na Basileia e, mais tarde, optou por estudar medicina na Universidade de Basileia. Realizou os estudos entre 1894 e 1900. Pouco depois, passou a trabalhar como assistente em uma clínica psiquiátrica em Burghölzli, função que exerceu por três anos. Sob a influência do neurologista Richard von Krafft-Ebing, com quem trabalhava, passou a estudar psiquiatria. Sobre esse período, Jung escreveu: “Por meio ano me fechei para me habituar à vida e ao espírito de um manicômio e li os cinquenta volumes da Revista Geral de Psiquiatria desde o começo, visando conhecer a mentalidade psiquiátrica”. No começo do século XX, já em Zurique, Jung publicou a tese “Acerca da psicologia e da patologia dos chamados fenômenos ocultos”, realizada com o auxílio do professor Eugen Bleuer.

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Em 1903, casou-se com Emma Rauschenbach, uma moça criada numa família rica da Suíça, com quem teve cinco filhos: Agathe, Franz, Gret, Marianne e Helene. O casamento durou até a morte de Emma, em 1955. Não obstante, o psicólogo suíço teve mais de uma relação extraconjugal, sendo que uma delas foi, provavelmente, com sua paciente Sabine Spielrein. Em 1905, assumiu o cargo de médico chefe da clínica psiquiátrica de Zurique, no qual permaneceria pelos quatro anos seguintes. No entanto, conservou o cargo de professor auxiliar até 1913. Ainda em 1905, fundou um laboratório de psicopatologia experimental, onde foram realizadas relevantes descobertas científicas. Foi convidado a expor seus trabalhos em 1909 pela Universidade de Clark, tendo recebido um doutorado honoris causa por essa instituição.

Jung tinha 30 anos quando enviou a Freud, pai da psicanálise, uma de suas publicações. Em 1907, teve seu primeiro encontro com o psicanalista em Viena. Alguns meses mais tarde, Freud enviou a Jung uma série de correspondências e publicações que marcaram o início de uma grande amizade. As divergências entre os dois, contudo, começaram a surgir após a viagem que fizeram aos Estados Unidos, em 1909. Em 1912, o suíço publicou a obra “Psicologia do Inconsciente”, onde suas divergências teóricas com Freud se apresentaram de forma mais clara. A partir de então, os dois deixaram de se falar.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Jung trabalhou como médico do exército. Em 1930, foi nomeado presidente honorário da Associação Alemã de Psicoterapia. Em 1933, tornou-se professor de psicologia médica na Escola Politécnica Federal de Zurique. Em 1938, apresentou seu trabalho “Psicologia e Religião” na Universidade de Harvard. Nessa época, visitou a Índia, onde se dedicou a estudar a espiritualidade do Oriente.

Em 1944, publicou “Psicologia e Alquimia”, onde analisava a literatura alquimista à luz do processo de análise da psiquê. Em 1959, publicou o livro “Discos Voadores: o mito moderno de coisas vistas no céu”, que analisava a representação dos objetos voadores não identificados na cultura popular. Morreu poucos anos depois, em 1961, em sua casa. Suas teorias sobre a análise dos sonhos foram relevantes para a história da psicologia. Além disso, o pensador suíço contribui bastante para o campo da psicologia ao estabelecer relações entre a estrutura da psiquê e os produtos da atividade humana, como a arte, a religião e a mitologia. Cunhou o influente conceito de inconsciente coletivo, além das noções de anima, arquétipo, entre outras.

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