Mikhail Baryshnikov

Bailarino

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Por Redação

Mikhail Nikolaevitch Baryshnikov

28/1/1948, Riga (Letônia) 

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Considerado por muitos críticos como o maior bailarino do século XX, iniciou a carreira aos 12 anos, quando ingressou na academia de dança de sua cidade natal. Em 1963, foi admitido na escola de balé Vaganova, preparatória para o Kirov Ballet em Leningrado, atual São Petersburgo. No Kirov, estudou com o professor de balé clássico Aleksandr Ivanovich Pushkin, que também ensinou o aclamado bailarino Rudolf Nureyev. Nessa época, o jovem bailarino foi premiado na Competição Internacional de Varna, na Bulgária, e no Concurso Internacional de Balé em Moscou, recebendo ainda o prêmio Nijinsky da Academia de Dança de Paris. Devido à sua técnica e suas impressionantes habilidades como bailarino, não chega a integrar o corpo de baile da companhia para se tornar rapidamente o solista do Kirov Ballet, apresentando-se no papel principal de dois balés coreografados por Oleg Vinograd e Leonid Jacobson especialmente para ele: "Gorianka" (1968) e "Vestris" (1969).

Embora fosse bastante conhecido do público soviético, começou a sofrer diversas restrições políticas aos seus trabalhos. Chegando, inclusive, a ser proibido de apresentar danças estrangeiras contemporâneas. Quando foi emprestado pelo Kirov ao Balé Bolshoi, participou de uma turnê realizada em Toronto, em 1974. Na ocasião pediu ao governo canadense. Nos dois primeiros anos no Ocidente, aprende mais de 21 novos balés. Esse período marca sua ascensão profissional, com grande reconhecimento do público norte-americano e canadense. Dançarino principal do American Ballet Theatre (ABT), estreia "Giselle". Permanece na companhia até 1978, recoreografando os clássicos "Quebra-Nozes" (1976) e "Dom Quixote" (1978). Decide então ingressar no New York City Ballet sob orientação dos coreógrafos George Balanchine e Jerome Robbins, onde inicia uma longa parceria nos palcos com a bailarina norte-americana Gelsey Kirkland. Durante os 15 meses em que permanece na companhia, dança 22 papéis diferentes. É então convidado a retornar ao ABT, agora como o diretor artístico da companhia, permanecendo na função por quase uma década.

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A primeira passagem pelo Brasil ocorre em 1980, quando realiza uma turnê de um mês, com vinte apresentações nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília, acompanhando a companhia mineira Corpo de Baile da Fundação Clóvis Salgado. Na ocasião dança trechos de “Corsário” e “Romeu e Julieta”, em dueto com a bailarina venezuelana Zhandra Rodrigues. Em 1990, funda com Mark Morris a White Oak Dance Project, uma companhia de dança moderna na qual atua como diretor e dançarino até 2002. Embora tenha anunciado a aposentadoria ainda no início da década de 1990, em 1993 realiza um turnê por mais de 20 cidades norte-americanas ao lado da bailarina e coreógrafa Twyla Tharp, e também se apresenta no Brasil com a White Oak Dance Project, em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

O bailarino também atuou na Broadway, como Gregor Samsa na peça "Metamorfose", em 1989, papel que lhe rendeu uma indicação ao Tony e o prêmio dos Críticos de Arte Dramática de Nova York.  Paralelamente à sua atuação nos palcos, Baryshnikov também atuou no cinema e em diversos filmes para a televisão, participando de "Momento de Decisão" (1977), para o qual foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro, na categoria de melhor ator coadjuvante, "O Sol da Meia-noite" (1985), "Quando Hollywood Dança" (1985), "Dancers" (1987) e "Estranha Aliança" (1991), ao lado de Gene Hackman. Também recebeu três Emmy durante a década de 1980 por suas atuações como dançarino em programas de televisão, tendo participado de diversos episódios do seriado "Sex and the City", no papel de Aleksandr Petrovsky, como par amoroso de Carrie Bradshaw, a personagem protagonista da série. Desde 2005 mantém o Baryshnikov Arts Center, um laboratório criativo de dança moderna fundado por ele.

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