Sofia Villani Scicolone
20/9/1934, Roma (Itália)
Filha da atriz do Teatro de Variedades, Romilda Villani e Riccardo Scicolone viveu com a mãe e a irmã em Nápoles durante a 2ª Guerra Mundial. Pouco depois sua mãe partiu para o interior da Itália, depois da recusa do pai em se casar. Desta forma passou a ser criada pela avó.
Aos 14 anos, participou de um concurso de beleza ficando entre as finalistas. Fez algumas aulas de interpretação e no começo da década de 50, figurou em pequenos papéis. A primeira oportunidade em um bom papel surgiu durante o filme "Quo Vadis" (1951) de Mervyn LeRoy, ainda utilizando o pseudônimo de Sofia Lazzaro. Em 1953 durante a filmagem de "A Sereia do Mar Vermelho", foi descoberta pelo produtor de cinema Carlo Ponti, ocasião em que adotou definitivamente o nome artístico de Sophia Loren.
No ano de 1957 casou-se com Ponti, porém como ele já era casado e a lei da Itália não permitia divórcio naquela época, o casamento foi anulado, em 1962. Foi preciso que ambos se tornassem cidadãos franceses para que a união fosse oficializada, em 1965. Permaneceram juntos durante 50 anos até a morte de Carlos Ponti, em 2007.
Dona de uma beleza invejável, não demorou muito para cair nas graças de Hollywood. Após participar de cerca de 30 filmes italianos, estreou no cinema americano em "Orgulho e Paixão" (1957), ao lado de Cary Grant e Frank Sinatra.
Na sequência fez mais alguns filmes de sucesso com grandes nomes do cinema como "A Chave" (1958), com William Holden e Trevor Howard, "A Orquídea Negra" (1958), com Anthony Quinn, "Tentação Morena" (1958), com Gary Grant e "Começou em Nápoles" (1960), com Clark Gable e Vittorio De Sica.
Foi considerada uma das atrizes mais populares de todo o planeta e tida como uma das mulheres mais belas do mundo. Marlon Brando, Marcello Mastroianni e Paul Newman foram alguns de seus pares nas telas. Por sua atuação em "A Orquídea Negra", recebeu seu primeiro prêmio de Melhor Atriz: "A Copa Volpi do Festival de Veneza".
O primeiro Oscar veio com o filme "Duas Mulheres" (1962), de Vittorio De Sica. Três anos depois, foi novamente indicada por seu trabalho em "Matrimônio à Italiana", perdendo a estatueta para a atriz Julie Andrews, por sua atuação em "Mary Poppins".
Para se dedicar à maternidade, aos poucos foi deixando de lado a carreira de atriz, diminuindo significativamente suas participações em filmes nas décadas de 70 e 80. Em 1980 passou 18 dias numa prisão, em Caserta, nas proximidades de Nápoles, acusada de sonegação de impostos, ocorrida 12 anos antes. A condenação era de 30 dias.
Nos anos 90 teve a carreira reconhecida pelo cinema americano, recebendo da Academia, o Oscar especial pelo conjunto de sua obra. Faria ainda "Pret-a-Porter" de 1995, "Dois Velhos Mais Rabugentos" em 1996 e "Messages" em 1997. No ano seguinte lançou um segundo livro, denominado "Sophia Loren's Recipes and Memories".
A atriz ganhou em 1988 o prêmio Leão de Ouro por sua atuação no cinema. Isto principalmente por ter participado ao longo da carreira de filmes memoráveis da boa fase do cinema italiano, grande parte deles com seus maiores ídolos, o diretor Federico Fellini e o ator Marcello Mastroiani. Uma das obras de destaque em parceria com Mastroiani foi o romance "Um Dia Muito Especial" (1977).
Em 1999, foi considerada pela revista People, a mulher mais bela, sensual e talentosa dos últimos tempos. Ainda atuante, em 2001 participou de "Soleil" (2001) e "Francesca e Nunziata" (2002).
Com Carlo Ponti, teve dois filhos, Carlo Jr. e Edoardo. Atualmente, ambos trabalham com cinema: o primeiro é diretor e o segundo, produtor .
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