Viviane Bittencourt
15 de abril de 2013 | 16h12
A terceira testemunha de acusação começou a depor nesta segunda-feira, dia 15, no Fórum da Barra Funda. O detento da Penitenciária de Marília, Luiz Alexandre de Freitas, estava preso no Carandiru no dia do massacre, 2 de outubro de 1992.
No dia do massacre, Freitas disse ter se escondido na cela 307-E do Pavilhão 9. Ele se escondeu embaixo de outros cadáveres, onde sentia o sangue dos mortos. Segundo Freitas, os presos não portavam armas e estavam todos com as mãos na cabeça. A maioria dos mortos que ele avistou nas celas ao seu redor estava nu, “pronto para a blitz” dos PMs, afirmou.
Freitas disse que sua vida foi poupada porque o policial que iria matá-lo o achou parecido com o próprio filho.
Freitas está preso por causa de seis roubos que cometeu. Ele cumpre pena de 23 anos, atualmente em regime semi-aberto.
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