Redação
15 de janeiro de 2012 | 20h54
Morreu neste domingo, 15, em São Paulo, aos 74 anos, o ator, tradutor, professor e diretor de teatro Fernando Peixoto. Ele lutava contra um câncer no intestino e estava internado desde dezembro. Engajado, foi membro do comitê central do Partido Comunista do Brasil (PCB) por alguns anos.
“O Brasil acaba de perder um dos seus maiores pensadores de teatro. As reflexões de Fernando Peixoto sobre o teatro internacional e sua contribuição ao teatro brasileiro na segunda metade do século 20 foram fundamentais”, disse, em comunicado, o ministro interino da Cultura, Vitor Ortiz.
Gaúcho, Peixoto iniciou a carreira como ator em Porto Alegre. Em 1963, mudou-se com a mulher, a também atriz Ítala Nandi, para São Paulo, onde foi um dos principais colaboradores do Teatro Oficina, participando de montagens históricas. Também atuou no Teatro de Arena, no final dos anos 60.
Como diretor, assinou montagens como “Calabar”, de Ruy Guerra e Chico Buarque. Foi também tradutor, escritor e diretor de ópera respeitado.
No cinema, atuou em vários filmes, entre eles “O Beijo da Mulher Aranha”, de Hector Babenco. O corpo de Peixoto será cremado hoje, às 11h, no Cemitério da Vila Alpina.
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