carloseduardogoncalves
07 Setembro 2014 | 09h51
Gosto dos hífens, mas não sei ao certo quando é que se pode ainda usá-los…
— Me dá um beijo?
— Não, de modo algum, nem te conheço !
— Mas sou simpático, e tenho dinheiro !
— E eu com isso ??
— Posso dar-te algum, querida.
dar-lhe, dar-te? tutear-se ou não?
em espanhol não se hifeniza, nem em italiano: “damelo! un beso, un baccio”
— Ah?
— E então?
— Quanto, de quanto estaríamos falando?
— 10 mil?
— Ora, seu, seu pão-duro com hífen!
— 30 mil?
— Saia já da minha frente, tenho mais o que fazer, e não estou gostando nada da ideia de barganhar um beijo meu. É abjeto, não sou uma mercadoria!
— Ab-jeto? Não se vá, peraí mocinha. 180 mil e não se fala mais nisso, sem barganhas sem-vergonhas (com hífen?)!
— Está bem, afinal, o que me custa satisfazer esse seu desejo, não é mesmo? Mas apenas um beijinho hein, lembre-se: não sou mercadoria à venda.
— Claro, claro! E sem-barganhas !