O advogado Eduardo Diamante, acusado de envolvimento com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), recuperou sua inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A 3ª Câmara do Conselho Seccional de São Paulo da OAB entendeu, por maioria de votos, que a suspensão da sua inscrição deve ser anulada. Os integrantes do Conselho de Ética entenderam que houve cerceamento de defesa porque Diamante não foi ouvido no processo disciplinar que culminou com sua suspensão. Eduardo Diamante é acusado de levar telefones celulares para clientes em presídios. Ele está preso desde o dia 28 de julho em Presidente Prudente, interior de São Paulo, junto com as advogadas Libânia Catarina Fernandes Costa e Valéria Dammous, que também são acusadas de ligação com a facção criminosa. A 12ª Turma Disciplinar do Tribunal de Ética de São Paulo, de Presidente Prudente, havia suspendido preventivamente o registro do advogado, por unanimidade, ao entender que a repercussão do caso justificaria a suspensão. Diamante teve conversas suas gravadas no parlatório do presídio de Taubaté. O advogado recorreu da suspensão com o argumento de que houve cerceamento de defesa porque o Tribunal de Ética não o ouviu. O argumento foi acolhido. Prisões temporárias As prisões temporárias dos três advogados foram decretadas para facilitar as investigações Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) - das cidades de São Paulo e Presidente Prudente e do Ministério Público. Segundo esses órgãos, há provas de que os advogados passaram a servir como elo entre os líderes da facção na distribuição de ordens dentro e fora dos presídios. Valéria Dammous e Libânia Catarina Fernandes Costa também respondem a processo disciplinar no Tribunal de Ética da OAB.