Acusado de matar jovem no Pará não é louco, diz laudo

Marielma, de 11 anos, trabalhava como babá na casa de Ronivaldo Furtado

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Por Agencia Estado
Atualização:

Acusado de torturar e matar, em novembro do ano passado, em Belém, a menina Marielma Sampaio, de 11 anos, que trabalhava como babá em sua casa, Ronivaldo Guimarães Furtado não é louco, como insiste em dizer seu advogado, tentando evitar que seja julgado pelo crime. O juiz Raimundo Moisés Flexa, de posse do laudo emitido por uma equipe de peritos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), anunciou nesta sexta-feira, 20, que deve marcar o julgamento do acusado para a primeira quinzena de dezembro. Os peritos estiveram em Belém realizando o exame de sanidade mental em Furtado por solicitação da Justiça do Pará. O laudo foi assinado pelos psicólogos Antônio de Pádua Serafim e Maria Emília Marinho de Camargo e pelos psiquiatras Daniel Martins de Barros e Sérgio Paulo Rigonatti, que é diretor técnico do serviço de saúde do hospital da USP. Além de Furtado, deve sentar no banco dos réus do júri popular a mulher dele, Roberta Sandrelli Rolim, acusada de co-autoria do crime. Ambos estão presos. Marielma foi entregue ao casal pela mãe, que mora no interior do Pará, para estudar na capital mas era obrigada a trabalhar como empregada doméstica. Nos três meses em que ficou na residência dos criminosos, a menina apanhava quase todos os dias, segundo os vizinhos. O laudo de sua morte comprovou que ela foi torturada e estuprada por Furtado. Roberta, no dia do crime, ao ver a menina desfalecida no banheiro após mais uma surra, aplicou choque elétrico na vítima.

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