O advogado da família de Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, morta após ser atropelada por uma moto aquática no sábado de Carnaval em Bertioga (SP) desistiu nesta terça-feira de apresentar uma nova testemunha que poderia complicar ainda mais a situação dos adolescentes V.A.C., 13, e I., 14, que, segundo testemunhas já ouvidas, pilotavam o aparelho no momento do acidente.José Beraldo afirmou nesta terça-feira que desistiu de apresentar a nova testemunha para que o inquérito não sofresse atrasos. Segundo ele, a testemunha seria um proprietário de um hotel localizado na Praia de Guaratuba, local do acidente, e teria visto os dois adolescentes realizarem manobras radicais no mar, uma delas conhecida como "cavalo de pau".No último dia 18, o acidente completou um mês, período em que o inquérito deve ser encerrado. Porém, ele pode ser prorrogado por mais 30 dias. O caso está sendo investigado, agora, pela Delegacia Seccional de Santos, após passar pela delegacia de Bertioga em sua fase inicial.Após o encerramento das investigações, o inquérito deverá ser remetido para a Vara da Infância e Juventude de Bertioga, que acompanha o caso. "O Ministério Público já tem provas suficientes para oferecer a denúncia à Justiça", disse Beraldo. Nesta terça-feira também foi feita uma simulação do acidente na Praia de Guaratuba, com base nos depoimentos já prestados pelas cerca de 10 testemunhas.A simulação foi realizada pelo perito particular Jean Pierre Frederi, mas não tem validade legal. Segundo o advogado, servirá para dar embasamento ao inquérito. "Vamos apresentar um relatório, acompanhado das filmagens, para subsidiar o trabalho do judiciário", explicou.
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