O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), admitiu nesta quinta-feira o debate sobre a fusão dos partidos de oposição PSDB, DEM e PPS. "É um tema a ser discutido: PSDB, DEM e PPS, os partidos de oposição, mas este é um assunto a ser aprofundado. Eu vejo com bons olhos, mas isso não tem pressa e não precisa ser feito agora, é uma discussão partidária", disse o Alckmin a jornalistas. O governador rechaçou que o partido esteja em crise, apesar de tucanos terem abandonado a legenda. "Não tem nada de crise. São naturais esses procedimentos que ocorrem, as pessoas têm liberdade", afirmou. Na terça-feira, outro tucano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, admitiu que há entendimentos sobre a fusão do PSDB com o DEM, mas não indicou se haverá esta união ou não. Nos últimos dias, seis vereadores e o secretário de Esportes e Lazer do município de São Paulo, Walter Feldman, deixaram a legenda. Feldman, um dos fundadores do PSDB, acusou o grupo de Alckmin de discriminar integrantes do partido que deixaram de apoiá-lo na eleição municipal de 2008 e optaram por Gilberto Kassab, que saiu vencedor. A candidatura de Kassab foi defendida na legenda pelo ex-governador José Serra, que atraiu integrantes de seu grupo para o apoio ao aliado que foi seu vice na prefeitura. O prefeito anunciou em março a criação de uma nova legenda, o PSD, que tende a atrair os descontentes de DEM e PSDB. Até agora, os ex-tucanos não informaram seu futuro político. (Reportagem de Carmen Munari)
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.