A Anistia Internacional e outras seis organizações internacionais de defesa dos direitos humanos fizeram um apelo às autoridades iranianas para recuar da condenação de uma ativista dos direitos das mulheres a chicoteamento e a dois anos e meio de prisão. Delaram Ali, de 24 anos, foi condenada por ter participado de uma demonstração pacífica em favor de mais direitos para as mulheres no sistema legal islâmico do Irã. Ali diz que as forças de segurança quebraram a sua mão esquerda quando reprimiram a manifestação e que, embora a agressão tenha sido testemunhada por jornalistas estrangeiros, ela não pôde apresentar uma queixa contra a polícia. Na manifestação, Ali e outras mulheres sentaram-se numa praça pública e começaram a cantar músicas feministas. Nos últimos meses, dezenas de ativistas de direitos humanos e jornalistas foram detidos ou condenados à prisão sob a acusação de agir contra o Estado. A correspondente da BBC em Teerã, Frances Harrison, informa que o que é notável sobre Delaram Ali é que ela não é uma líder proeminente do movimento feminista. Portanto, a punição dela será um recado para pessoas ordinárias que pensem em mexer com política. Um importante ativista dos direitos humanos Emadeddin Baghi, que sempre defendeu melhores condições para prisioneiros, foi preso no mês passado e não há notícia dele desde então. Também foram expedidas sentenças de prisão para líderes do sindicato de motoristas de ônibus e de associações de professores que pediam melhores salários. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.