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Arábia espera limitar propagação de H1N1 na peregrinação do haj

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Por Redação

A Arábia Saudita afirmou que usará câmeras térmicas e terá mais médicos de plantão como parte das medidas para limitar a gripe H1N1 durante a peregrinação do haj, mas não acredita que irá conter totalmente a disseminação do vírus. Cerca de 3 milhões de peregrinos de mais de 160 países participam do haj na cidade sagrada de Meca na maioria dos anos, incluindo 2 milhões que vêm do exterior. A maioria chega por via aérea em Jidá. Na segunda-feira, a Arábia Saudita anunciou a primeira morte no país decorrente do H1N1. A vítima era um homem saudita de 30 anos da cidade de Dammam, do outro lado do país desértico. A Arábia Saudita registrou quase 300 casos. "A Organização Mundial da Saúde disse claramente que a hora de evitar a entrada da doença no país passou", disse Ziad Memish, vice-ministro assistente de medicina preventiva do Ministério da Saúde. "Portanto, os esforços devem ser centralizados em limitar a propagação da doença dentro do país, isto é, higiene social, uso de máscaras, etc." Os ministros da Saúde árabes concordaram na semana passada em tentar evitar que as pessoas com mais de 65 anos e menos de 12 anos viajassem à Arábia Saudita para participar do evento, uma fonte lucrativa de renda para a região oeste do país. A Arábia Saudita não disse se vai agir de acordo com a decisão. "Isso depende agora da aprovação da autoridade máxima", disse Memish, referindo-se ao rei Abdullah. O aeroporto de Jidá, usado pelos peregrinos do haj, terá 20 sensores térmicos para verificar os peregrinos que eventualmente estejam com febre e uma equipe médica especializada 20 por cento maior do que a do ano passado, disse Mohamed Al-Harthi, diretor de saúde do aeroporto de Jidá. Na equipe de 550 pessoas, haverá médicos, enfermeiras, técnicos de laboratório e farmacêuticos. A Arábia Saudita aumentou seu estoque do antiviral Tamiflu em 20 por cento, o dobro da recomendação da OMS para os outros países, e pediu que os peregrinos tomem a vacina da gripe sazonal, assim como a nova vacina para o H1N1, assim que estiver disponível nos próximos meses. "As câmeras térmicas não são 100 por cento eficazes. Sabemos que 30 ou 40 por cento dos pacientes podem estar no período de encubação e poderão passar pela câmera e apresentar sintomas uns dias depois", disse Memish. Ele disse que os sensores deteriam 70 por cento dos casos de infecção que poderiam entrar no país. O Ministério da Saúde também montará centros de saúde perto dos aeroportos de Jidá e de Medina com capacidade para abrigar até 500 pacientes que serão enviados para lá para tratamento durante o período de incubação da infecção, disse Memish.

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