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Argélia entregaria Gaddafi ao tribunal internacional, diz jornal

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Por Redação

A Argélia entregaria Muammar Gaddafi ao Tribunal Penal Internacional (TPI) se ele entrasse no país norte-africano, relatou um jornal local na terça-feira, um dia após o país ter abrigado membros da família do líder deposto da Líbia. Na segunda, a Argélia anunciou que a esposa de Gaddafi, dois de seus filhos e a filha dele haviam cruzado a fronteira e entrado em seu território, fazendo que o conselho interino que governa a Líbia exigisse a extradição deles para que enfrentem julgamento. Citando fontes argelinas, o jornal el-Chorouk disse em seu website que o presidente Abdelaziz Bouteflika havia dito a ministros durante encontro do gabinete na segunda que a Argélia respeitaria a lei internacional em todas as questões relacionadas ao conflito líbio. "Se o Gaddafi tentar entrar em solo argelino em meio a conversas de que os rebeldes estão acirrando o cerco na fronteira com a Tunísia, e com as restrições na fronteira egípcia, a Argélia o prenderia e entregaria para o Tribunal Penal Internacional em conformidade com os acordos internacionais", afirmou o jornal. O diário disse ainda que a decisão não era uma reação à derrubada do regime de Gaddafi, e sim estava de acordo com os mandados de prisão do TPI para Gaddafi, o filho dele Saif al-Islam e o chefe de inteligência dele, sob acusações de que cometeram crimes contra a humanidade. Ninguém do governo estava imediatamente disponível para comentar. Em outra reportagem, o jornal el Chorouk disse que os membros da família de Gaddafi estavam na província sul de Illizi, que faz fronteira com a Líbia, e não teriam permissão de ir para a capital Argel. O paradeiro do líder deposto permanece desconhecido. (Reportagem de Marie-Louise Gumuchian e Joseph Nasr)

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