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Arrecadação de royalties de óleo volta ao nível pré-crise

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A recuperação dos preços do petróleo nos últimos meses elevou a arrecadação dos royalties a níveis pré-crise. Em agosto, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, (ANP), as petroleiras pagaram R$ 779,5 milhões, alta de 52,8% em relação a fevereiro (pior nível do ano). O volume arrecadado em agosto é equivalente ao de abril de 2008. A expectativa é de alta de mais 10% até o fim do ano, por causa das perspectivas de crescimento da produção nacional. A arrecadação de agosto foi calculada com base na produção média de 1,917 milhão de barris por dia, referente a junho de 2009 - os royalties são pagos com dois meses de atraso. Na época, o preço médio do petróleo brasileiro estava em US$ 60 por barril. O brent, referência internacional de preços, ficou em US$ 68,55 por barril. Foi o melhor resultado desde dezembro de 2008, quando a arrecadação somou R$ 848,4 milhões, a produção foi de 1,832 milhão de barris por dia e o petróleo foi cotado a US$ 62,12 por barril. "A recuperação do preço do petróleo realmente está melhorando a arrecadação, mas não voltaremos àquele pico de meados do ano passado", diz o consultor Rafael Schetchman, ex-superintendente de participações governamentais da ANP, hoje no Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Ele refere-se ao período de recordes do preço do petróleo, antes do estouro da crise, quando a receita superou R$ 1 bilhão. O maior valor foi pago em setembro, R$ 1,12 bilhão, com base em uma cotação de US$ 117,72 por barril. De todo modo, Schetchman acredita em aumento na receita nos próximos meses. "O preço do petróleo deve se manter em torno dos US$ 70 por barril e a tendência é que a produção nacional aumente", diz, calculando em 10% o acréscimo na arrecadação até o fim do ano. A meta da Petrobrás é chegar à média de 2,05 milhões de barris por dia no fim de 2009, o que representa alta de 7% em relação à média de junho.Além disso, há projetos entrando em operação, como Frade, operado pela Chevron, e o Parque das Conchas, pela Shell. Ambos vão contribuir para ampliar o volume de produção privada no País, hoje na casa dos 50 mil barris por dia.

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