O assaltante de bancos Maurício Alves Ribeiro, conhecido como China, teria revelado em depoimento prestado ao Departamento de Inteligência da Secretaria de Segurança do Ceará um suposto esquema, envolvendo policiais, advogados, promotores e juízes, que o teria ajudado a ser transferido do presídio de segurança máxima cearense, Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), para a cadeia pública de São Simão, no interior de Goiás, de onde foi resgatado. China é apontado pela polícia cearense como sendo membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). China foi recapturado no Rio Grande do Sul e recambiado para Fortaleza há duas semanas. Segundo o assaltante, a cadeia de Goiás contava com apenas um policial que servia de carcereiro. Pela transferência do IPPS, China teria pago R$ 60 mil a uma advogada que lhe disse ter muita influência com juizes e promotores. Pelo resgate da cadeia de Goiás teria pago mais R$ 10 mil a dois elementos indicados por um comparsa. China participou dos assaltos à Nordeste Segurança de Valores e à Corpvs, os dois maiores ocorridos no Ceará. Logo após o assalto praticado contra a Corpvs, que lhe rendeu R$ 400 mil, ele voltou para São Paulo, onde nasceu. Lá foi descoberto por policiais que, segundo o bandido, passaram a lhe extorquir. China afirmou ter dado R$ 130 mil a uma equipe do Departamento de Investigações sobre Crimes Patrimoniais (Depatri), de São Bernado do Campo, e entre R$ 90 mil e R$ 95 mil a policiais do 29º DP, da Zona Leste de São Paulo.