Associação relata falta de remédio para leucemia

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Por Mariana Lenharo
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Na semana passada, dez pacientes com leucemia mieloide crônica contataram a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) a respeito da falta do medicamento imatinibe. A droga de alto custo é adotada no Brasil como tratamento de primeira linha para a doença e é fornecida pelo Ministério da Saúde.Uma das pacientes afetadas foi Brasilina Rodrigues Girondi, de 71 anos. Ela foi diagnosticada com a doença em agosto. A recomendação de seu médico foi a de que começasse a tomar o imatinibe em até um mês. Nesse prazo, recebeu um telegrama orientando que aguardasse um novo telegrama que informaria o local e a data de retirada do medicamento. Até hoje, não houve resposta.A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo afirma que os casos relatados pela Abrale são de pacientes que não são contemplados pelo protocolo federal para recebimento da droga e que a recebem diretamente da secretaria por meio de um canal de solicitações administrativas.No penúltimo pregão para compra da droga pela pasta estadual não houve nenhuma empresa interessada em vender o medicamento, por isso houve o desabastecimento. "Novo pregão foi realizado, desta vez com sucesso, e a previsão é de que a situação esteja normalizada nas próximas semanas", afirmou a secretaria, em nota.Segundo o médico Carmino Antonio de Souza, presidente da ABHH, a interrupção do tratamento, teoricamente, é prejudicial. "Hoje está demonstrado cientificamente, até temos um trabalho mostrando isso, que a aderência ao tratamento é o ponto crítico na resposta. Aqueles que têm acima de 96% de aderência têm uma evolução muito melhor que os de baixa aderência, com menos de 80%." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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