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Ataques matam ao menos 64 em Uganda, grupo islâmico é suspeito

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Por ELIAS BIRYABAREMA

Supostos militantes islâmicos somalis realizaram dois ataques a bomba na capital de Uganda que mataram pelo menos 64 pessoas que assistiam à final da Copa do Mundo em um restaurante e em um clube esportivo, informaram autoridades nesta segunda-feira. As suspeitas de autoria caem sobre o grupo rebelde Al Shabaab, que alega ter relações com a Al Qaeda, após a cabeça decepada de um suposto suicida ter sido encontrada em um dos locais do ataque. As explosões atingiram dois bares cheios de torcedores que assistiam aos momentos finais da final da Copa num restaurante com temas da Etiópia e em um clube de rugby em Kampala no domingo. Inspirados na Al Qaeda, os militantes da Al Shabaab na Somália ameaçaram atacar Uganda pelo envio de tropas de paz para o anárquico país com o objetivo de ajudar o governo somali, apoiado pelo Ocidente. "Em um dos locais, os investigadores identificaram uma cabeça decepada de uma pessoa de nacionalidade somali. Suspeitamos que era um suicida", disse Felix Kulayigye, porta-voz do Exército. "Suspeitamos que seja a Al Shabaab, porque eles estão prometendo isso há tempos", disse ele nesta segunda-feira. Nenhum grupo reivindicou autoria dos ataques. Um comandante da Al Shabaab em Mogadíscio elogiou os ataques, mas reconheceu não saber se eles haviam sido realizados por seu grupo. A Al Shabaab luta para derrubar o governo da Somália. Um norte-americano está entre os mortos e o presidente dos EUA, Barack Obama, condenou o ataque, que classificou de deplorável, e disse que Washington está pronto a ajudar Uganda a caçar os responsáveis. (Reportagem adicional de Frank Nyakairu, Sahra Abdi e Abdi Guled em Nairóbi)

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