O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre colocou dois atores seminus diante de um posto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no bairro Partenon, em Porto Alegre, para denunciar abusos e indiferença de médicos, falta de privacidade e de roupas adequadas para pacientes nas perícias para concessão de licenças e benefícios. O presidente do sindicato, Juberlei Bacelo, disse que as seguradas são submetidas a humilhações. Há casos em que elas têm de tirar a roupa para exames de doenças que afetam apenas braços e pescoço, como as lesões por esforços repetitivos. Segundo Bacelo, sete bancárias procuraram o sindicato nos últimos dias para exigir um posicionamento público da entidade. Cinco delas também apresentaram queixa na Delegacia da Mulher. Durante uma hora e meia, os atores simularam os atendimentos que os reclamantes consideram humilhantes, enquanto os sindicalistas distribuíram panfletos às pessoas que aguardavam na fila para se submeter à perícia. Uma comissão de bancários foi recebida pelo médico-chefe da área de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade, Artur Koch, que prometeu apurar as denúncias. Os bancários lideram os afastamentos por doenças do trabalho no Brasil e apontam como razões disso a intensidade de movimentos repetitivos, pressão e metas abusivas estabelecidas pelos empregadores.
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