Baixas marcam início de programa no Recife

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Por Tiago Décimo, MÔNICA BERNARDES e ADRIANA FERRAZ E BRUNO DEIRO
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Dos 12 profissionais selecionados para atuar no Recife, apenas quatro iniciaram as atividades nesta terça-feira, 3. Dois pediram o desligamento, outro pediu licença médica e outros seis ainda não se apresentaram à Secretaria de Saúde da prefeitura da capital de Pernambuco. "Vamos aguardar o prazo até o dia 12 para encaminhar um novo pedido ao Ministério da Saúde", disse o secretário executivo de Educação na Saúde do Recife, Fernando Gusmão.Entre os pacientes dos postos e unidades de Saúde da Família que receberiam os reforços, o clima era de insatisfação. "Eu acreditei que a situação iria melhorar, mas pelo que eu estou vendo, vai ficar tudo igual", disse a dona de casa Severina Dias, que nesta terça-feira esteve na Unidade de Saúde da Família Santa Terezinha, onde a médica Adeisa Maria Toledo, 57 anos, começaria a trabalhar.Adeisa enviou à Secretaria de Saúde um atestado médico indicando a necessidade de afastamento do trabalho por problemas de coluna. No entanto, fontes ligadas ao programa confirmaram que a profissional estava tentando uma transferência para o Estado de origem, Alagoas, e que não teria ficado satisfeita com a negativa dos gestores do programa.Na Bahia, inscrito para trabalhar em Vitória da Conquista, o vereador Roland Lavigne (PPS), de Ilhéus, a 270 quilômetros de distância, chegou a ser apresentado como um dos novos médicos do município. Mas o anúncio, feito pelo prefeito Guilherme Menezes (PT), repercutiu na Bahia e, horas depois, Lavigne desistiu da vaga.Nesta terça, outras três cidades paulistas registraram desistências: Hortolândia, Americana e Bertioga. Os médicos alegaram motivos pessoais. Abandonos e faltas têm sido recorrentes e já atingem pelo menos 15 dos 22 municípios do Estado que receberiam médicos.

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