Uma bomba destruiu nesta segunda-feira um monumento aos soldados mortos do Exército de guerra predominantemente muçulmano da Bósnia na cidade de Mostar, onde as divisões étnicas entre croatas e muçulmanos ainda são profundas. A polícia disse que um "artefato explosivo" destruiu o monumento em forma de lírio na frente da prefeitura de Mostar, nas primeiras horas da manhã de segunda-feira. O supervisor da paz internacional da Bósnia, Valentin Inzko, disse que estava "chocado" com o ataque e pediu calma. "Esta violência não pode se espalhar", afirmou Inzko em um comunicado. Cidade com cerca de 70.000 moradores, Mostar viu combates pesados durante a guerra da Bósnia de 1992-1995. Apesar dos esforços ocidentais para incentivar a reintegração, a cidade permanece praticamente dividida entre muçulmanos bósnios na margem leste do rio Neretva e croatas, a oeste, onde a prefeitura está localizada. Ninguém ficou ferido na explosão. O monumento ao Exército bósnio foi construído no ano passado, ao lado de um memorial em homenagem a veteranos croatas do conflito. A violência pós-guerra em Mostar tem ficado restrita aos confrontos entre torcedores de futebol rivais, mas os líderes políticos continuam a resistir aos esforços de supervisores ocidentais para unificar a cidade.
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