O número de casos confirmados de gripe H1N1 no Brasil chegou a 737, com o registro de 44 novos casos, informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira. Dois pacientes seguem internados em estado grave. O ministério corrigiu, em nota, informação divulgada na quarta-feira, quando contabilizou um caso "descartado" como "confirmado". No Rio Grande do Sul, uma paciente de 14 anos internada há 11 dias na UTI do Hospital Universitário de Santa Maria segue em estado grave, respirando com ajuda de aparelhos e sem previsão de alta, informou o hospital. Em Belo Horizonte, um paciente de 27 anos, internado na segunda-feira, também permanece em estado grave e respira com ajuda de aparelhos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. Até terça-feira, data do último balanço do ministério, 1.049 casos eram considerados suspeitos e outros 1.041 haviam sido descartados. O ministério ressaltou no comunicado que a utilização de máscaras para evitar contágio pela nova gripe é efetiva apenas em ambientes hospitalares, sem resultado eficaz quando adotada pela população em geral. "Esta prática (uso de máscaras) não tem impacto na diminuição de transmissibilidade quando utilizada pela comunidade em geral, exceto quando indicado pela autoridade de saúde", afirmou o ministério. Apesar do grande aumento no número de casos confirmados da nova doença no país, o governo considera que a transmissão "é limitada, sem evidências de transmissão sustentada do novo vírus de pessoa a pessoa". A Organização Mundial da Saúde considera que Estados Unidos, México, Canadá, Chile, Argentina, Austrália e Reino Unido apresentam transmissão sustentada do vírus. De acordo com a OMS, cerca de 80 mil casos da nova doença foram confirmados em todo o mundo, com 337 mortes, uma delas no Brasil. (Por Hugo Bachega)
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.