A empregada doméstica brasileira Tatiane de Oliveira, de 24 anos, foi encontrada morta quinta-feira, 27, em Tenerife, no Arquipélago de Canárias, na Espanha. De acordo com a família, que mora em Cascavel, oeste do Paraná, a polícia espanhola informou que Tatiane, grávida, teria se enforcado, mas os familiares afirmaram não acreditar na hipótese e desconfiam do namorado dela, um espanhol com quem a jovem vivia. Tatiane morava há oito meses no país. A irmã de Tatiane, Andréa de Oliveira, foi quem recebeu a notícia de sua morte. "Uma amiga dela (Tatiane) me ligou e deu a notícia da morte da minha irmã. Ela (amiga) disse-me que o namorado a matou", relatou. Segundo os parentes, Tatiane e o namorado, de nome Bernardo, se relacionavam há quatro meses. A empregada doméstica mudou-se para a casa de Bernardo depois de saber da gravidez. Para os familiares, Tatiane não tinha motivos para cometer suicídio, pois tinha dito estar grávida na segunda-feira, 24, quando fez o último contato com a mãe, Beatriz de Oliveira, em Cascavel. "A Tatiane estava feliz na Espanha. Na última vez em que conversamos, ela disse que o namorado a pediu em casamento e que estava grávida. Até a mãe falou para ela voltar e ter o filho aqui no Brasil", afirmou Andréa, lembrando que a idéia de retornar ao País, no entanto, não teria agradado ao namorado. Andréa afirmou que ela saiu do Brasil sonhando em ganhar dinheiro e ajudar a família. Tatiane deixou quatro filhos - três moram com o pai e um com a avó materna, no Paraná. "Ela mandava dinheiro para construir a casa onde pretendia morar com os filhos depois que voltasse ao Brasil e também ajudava a pagar as contas da família", disse Andréa. A mãe afirmou esperar que a polícia esclareça o crime. Auxílio Nesta sexta-feira, 28, a família pediu auxílio à Polícia Civil de Cascavel. O delegado-chefe da 15ª Subdivisão Policial (SDP), Amadeu Trevisan, fez os primeiros contatos com a Divisão de Assistência Consular do Ministério de Relações Exteriores, em Brasília, para orientar os familiares sobre o procedimento de translado do corpo da Espanha para o Brasil. "Nós não temos recursos e pedimos ajuda ao governo brasileiro para trazer o corpo de nossa irmã para Cascavel", pediu Andréa. De acordo com a polícia, a confirmação oficial sobre a morte da brasileira deve ser feita pelo consulado brasileiro em Madri.
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