Cabral muda o tom após criticar Anac

Para governador, agência pode ?repensar? abertura do Santos Dumont

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Menos de 24 horas após ter chamado de "deboche" a abertura do Aeroporto Santos Dumont para voos nacionais pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o governador do Rio, Sérgio Cabral, amenizou ontem a discussão. Ele pregou o diálogo e disse acreditar que a agência pode "repensar" a medida. Sobre as ameaças de retaliação, como ações judiciais e aumento do ICMS do combustível dos aviões no aeroporto, Cabral disse que a Procuradoria do Estado ainda avalia o que fazer. A operação no Santos Dumont era limitada a voos da ponte aérea, regionais e de táxi aéreo. Além de Cabral, secretários estaduais e municipais têm feito oposição à abertura do Santos Dumont sob a alegação de que o Aeroporto Internacional do Galeão ficaria esvaziado, o que prejudicaria a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e a candidatura do Rio para a Olimpíada de 2016. "Acredito que a Anac pode repensar. Sempre acredito no diálogo e na Justiça. Vamos apresentar à Justiça as nossas razões, que são razões tão claras como água. A gente não pode destruir o Galeão", afirmou Cabral. Na terça-feira, logo após a liberação do Santos Dumont, ele havia feito ameaças à Anac. "Se é para fazer guerra, vamos para a guerra", disse. O presidente da Azul Linhas Aéreas, Pedro Janot, não comentou as críticas de Cabral. Ele planeja iniciar as operações no Santos Dumont em 2 de abril, com cinco frequências diárias para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

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