Cabral quer abrir debate sobre a medida no Rio

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A proibição do carona na garupa das motos, sugerida anteontem pelo governador Sérgio Cabral para reduzir a criminalidade no Rio, é considerada uma ameaça ao Estado de Direito e uma violação à Constituição pelo Instituto de Defensores de Direitos Humanos (IDDH). "Temos de ter cuidado de sermos permissivos demais na redução dos nossos direitos. Ações como essa desrespeitam as garantias constitucionais, conquistadas a duras penas, para resolver problemas de segurança", criticou o advogado João Tancredo, presidente do IDDH. Cabral divulgou a idéia de baixar um decreto com a proibição do garupa depois do assalto que deixou paraplégico o ortopedista Lídio Toledo Filho, na noite do réveillon. Mas, para o presidente do IDDH, a proposta do governador é "absurda e não resolverá o problema dos assaltos com motos". Ontem, durante o lançamento da candidatura do Rio à sede das Olimpíadas de 2016, Cabral disse não saber se a medida é inconstitucional, mas que tem a "tranqüilidade jurídica" para levar o debate adiante. A proposta segue medida adotada na Colômbia, onde, além da proibição do garupa, motociclistas também foram obrigados a estampar a placa da moto em colete e no capacete. Segundo o próprio governador, a medida é extrema. "Mas, no dia que for necessária nós vamos tomá-la, como Bogotá tomou com grandes resultados." O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse não ser nem contra nem a favor, mas que esta é "uma medida que resolve". COLABORARAM MARCELO AULER E BRUNO LOUSADA

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