Um acordo entre líderes de bancadas costurado ontem na Câmara Municipal de São Paulo vai permitir a votação, até o dia 7, de projetos do Executivo que prevêem, em ano eleitoral, reajustes salariais a 30 mil servidores das Secretarias da Saúde e da Educação. Como contrapartida, os vereadores do ?centrão? e do PT poderão colocar na pauta pelo menos um projeto para ser aprovado sem a obstrução da base governista. Em seguida, hoje mesmo ou na sessão de amanhã, serão votados os aumentos dos professores em segunda discussão e o dos médicos em primeira. O reajuste da Saúde deve ser votado em segunda. Depois de quase dois meses desde o fim do recesso, é a primeira vez que as bancadas se articulam para votar projetos de parlamentares. A maior parte dos textos levados a plenário desde fevereiro se limitou a decretos legislativos (19 ao todo) com homenagens ou concessões de títulos. As duas únicas votações de repercussão foram a do projeto que criou 28 novos cargos comissionados no Tribunal de Contas do Município (TCM) e a do texto que exige a apresentação de um plano de metas dos próximos prefeitos. A mudança nos trabalhos legislativos ocorreu diante da necessidade de a gestão Gilberto Kassab (DEM) aprovar os reajustes - 15% aos docentes e de 20% a 40% aos médicos. Se os aumentos não forem homologados até o dia 8, os projetos só poderão entrar em vigor após o as eleições de outubro. Alguns vereadores, como os da bancada do PT e de parte do ?centrão?, não se posicionaram contra os reajustes, mas ameaçaram obstruir a pauta - ontem, por exemplo, a sessão foi suspensa para que, antes de qualquer votação, o acordo fosse ratificado pelos líderes. ?O acordo não foi construído com base em pressão sobre o governo. Houve, sim, o amadurecimento de uma pauta que atende aos interesses da cidade?, disse o líder de governo, José Police Neto (PSDB). O acerto prevê a votação dos projetos apenas em primeira discussão, sem a garantia de sanção pelo Executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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