A Grã-Bretanha precisa agir imediatamente para impedir o retorno do racismo ao futebol, após uma série de casos ocorridos recentemente, disse o primeiro-ministro David Cameron nesta quarta-feira. Cameron disse que a Grã-Bretanha deve se orgulhar das conquistas obtidas no combate ao racismo no esporte nas duas últimas décadas, acrescentando que outros países não conseguiram o mesmo sucesso na questão. "Mas ainda temos alguns problemas hoje em dia", disse Cameron na abertura de um seminário antidiscriminação com ex-jogadores e dirigentes esportivos. "Precisamos agir rapidamente para garantir que esses problemas não voltem aos poucos." "Se todo mundo fizer sua parte, então podemos facilmente esmagar e lidar com esse problema. Queremos garantir que o futebol seja uma força do bem, e não outra coisa", acrescentou. Cameron disse que às vezes leva seu filho a jogos de futebol e que tem visto como o comportamento ruim em campo pode influenciar as crianças e os torcedores em geral. "O que acontece em campo influencia o que acontece fora de campo. Você vê crianças de 6 anos imitando o comportamento que elas veem em campo", disse ele no seminário. "Isso não é importante apenas para o futebol, é importante para o país todo." Dois casos recentes de racismo no futebol inglês tiveram enorme repercussão. O atacante uruguaio do Liverpool Luis Suárez foi forçado a pedir desculpas este mês após ter se recusado a cumprimentar o jogador francês do Manchester United Patrice Evra antes de uma partida do Campeonato Inglês. Suárez estava voltando aos gramados após ser suspenso por oito jogos como punição por uma ofensa racista feita contra Evra durante partida em outubro. O zagueiro John Terry, do Chelsea, perdeu o posto de capitão da seleção inglesa enquanto aguarda um julgamento a ser realizado em julho, após ter sido acusado de ofender racialmente o jogador do Queens Park Rangers Anton Ferdinand. Terry nega as acusações. (Reportagem de Mike Collett)
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