O motorista Fagner Gonçalves, de 25 anos, que dirigia uma caminhonete cor prata, carroceria de madeira e modelo F-400, atropelou e arrastou, neste sábado, 7, por quase 15 quilômetros, o soldado do Exército Leonardo Sales da Silva, de 19 anos, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A vítima ficou presa ao eixo traseiro do veículo, deixando um rastro de sangue, até se desprender, longe do local do atropelamento. O militar morreu. O caso aconteceu por volta de 3 horas da madrugada, na Rua Anselmo Selingardi, no bairro Parque do Lageado, quando o motorista da caminhonete fazia manobras "radicais" durante uma festa junina promovida pela associação de moradores do bairro. Segundo testemunhas, durante um "cavalo de pau", a caminhonete atropelou o soldado, que ficou com a roupa presa na caminhonete. Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Civil, no veículo estavam quatro pessoas que ainda não foram identificadas. Gonçalves ainda não foi encontrado. A polícia concluiu que a caminhonete arrastou o corpo do milirtar por três bairros da região. Wellinton Carvalho, amigo de Leonardo, pediu carona e seguiu o rastro deixado durante a fuga do acusado. Ele marcou no velocímetro da caminhonete a distância percorrida. O carro foi abandonado na zona norte, na saída para Cuiabá, no Mato Grosso. A partir da localização do veículo a polícia chegou até a residência de Fagner. Segundo o delegado Roberval Maurício, responsável pela investigação, falta identificar quatro pessoas que estavam na carroceria. O corpo de Leonardo está no Instituto Médico Legal (IML) da capital sul-mato-grossense. O padrasto do soldado, que atuava no 18.º Batalhão Logístico do Exército (Belog), em Campo Grande, Edvanildo Domingues, está inconformado. Para ele, o rapaz nunca se envolveu em brigas, era responsável e estava concluindo o segundo grau. Atualizado às 16h30 var keywords = "";
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