Capturado na Colômbia 'chefe militar' do ELN

O Exército de Libertação Nacional é o 2º maior grupo rebelde do país.

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Por BBC Brasil

O governo da Colômbia anunciou a captura de Carlos Marín Guarín, conhecido como "Pablito", um chefe do segundo maior grupo rebelde do país, o Exército de Libertação Nacional (ELN). O ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, disse que Marín foi detido na capital, Bogotá. "É um sujeito muito perigoso, que fez muito mal à Colômbia e esta talvez seja a captura mais importante realizada pelo Exército de qualquer chefe militar do ELN em sua história", afirmou Santos. As autoridades militares consideram Marín o quarto homem mais importante da cúpula do grupo esquerdista, estando encarregado de três das sete frentes do ELN no país. De acordo com o ministro da Defesa, Marín se opunha às conversações de paz que o ELN conduz com o governo do presidente Álvaro Uribe desde o fim de 2005. "Ele era o mais beligerante contra o diálogo com o governo, queria manter a parte militar, fortalecê-la através do narcotráfico", afirmou Santos. "Sabemos que impediu em várias ocasiões que o comando central fizesse paz com o governo colombiano." Santos disse ainda que Marín foi "responsável por inúmeros seqüestros" realizados pelo ELN. As autoridades militares colombianas acusam-no ainda de ter dirigido cerca de 200 ataques contra um oleoduto, de seqüestrar e assassinar um bispo católico em 1992 e de atacar uma base militar venezuelana em 1995, em que oito soldados morreram. O ELN foi fundado em 1964 por militantes de esquerda pró-cubanos e estima-se que possua entre 3 mil e 5 mil membros. Em alguns momentos agiu em aliança com o maior grupo rebelde do país, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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