Sem tradição na elite do carnaval do Rio, a São Clemente apostou na criatividade para surpreender o público na segundo dia de desfile na Marques de Sapucaí. Com fantasias e alegorias bem acabadas, a escola de Botafogo empolgou ao recriar a magia das musicais na passarela do samba. Logo nos primeiros minutos, a São Clemente já mostrou que pisou no Sambódromo com chances de deixar para trás seus dias de sobe-e-desce do Grupo Especial. Seu carro abre-alas foi um luxuoso baile de máscaras, numa referência ao musical "O Fantasma da Ópera". Ao longo de todo o carro, mulheres vestidas de preto e branco seguravam grandes bolas infláveis, dando um efeito ainda mais grandioso a apresentação. Outros espetáculos famosos, como "A Noviça Rebelde", "Cabaret", O Mágico de Oz" e o brasileiro "Ópera do Malandro" também marcaram presença em um releitura criativa e colorida feita pelo carnavalesco Fábio Ricardo. No sexto carro da escola, o enredo homenageou os grandes musicais dos Estados Unidos. Uma réplica da Estátua da Liberdade vestida de biquíni e tomando sorvete foi o ponto alto do carro, que evocou a energia dos famosos espetáculos da Broadway.Mas, a magia dos palcos brasileiros também foi reverenciada na Sapucaí. O carnavalesco apostou na criatividade ao trazer uma mulata inflável de 20 metros, que ficou sobrevoando a passarela. Presa por cerca de 40 cabos, a mulata criada pelo artista Gringo Cardia nos Estados Unidos, sambava, o que arrancou muito aplausos. Até na bateria, a amarela e preta de Botafogo decidiu inovar e trazer um violinista. Durante paradinhas, o músico Renato Sobreira tocava no violino parte do samba da escola em uma referência ao espetáculo "Um Violinista no Telhado.
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