Um carro da Polícia Militar foi atingido na madrugada desta segunda-feira por disparos de traficantes da favela Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio - onde o jornalista Tim Lopes foi capturado antes de ser executado, em junho. A PM fez uma operação durante o dia à procura dos bandidos, que são da quadrilha de Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, principal suspeito do assassinato, mas ninguém foi preso. O ataque à patrulha ocorreu quando policiais que participam da ocupação da favela faziam ronda. Não houve feridos. A operação envolveu os batalhões de Choque e de Operações Especiais, além de policiais da área. No fim da tarde, a PM informou que nada havia sido apreendido. O secretário de Estado de Segurança Pública do Rio, Roberto Aguiar, disse que "Elias Maluco se tornou tão icônico (simbólico) que o fato de a polícia ter descoberto toda sua quadrilha e o corpo de Tim não serve para nada." Aguiar acredita que "quanto mais se fala dele, mais ele se paralisa e não anda", o que, segundo o secretário, prejudica as buscas. "A marca da investigação é pegar os deslocamentos", disse. Vinte e um traficantes ligados a Elias Maluco já foram presos. Além dele, os outros três acusados de participar da execução de Tim Lopes estão em liberdade - André da Cruz Barbosa, o André Capeta, Maurício de Lima Matias, o Boizinho, e Anderson Marins de Carvalho, o Ratinho. Desde a morte do repórter, o disque-denúncia já recebeu 1794 ligações com informações sobre o paradeiro dos criminosos. A recompensa para pista que leve à prisão de Elias Maluco é de R$ 50 mil.