Caso da morte de inglesa está solucionado, diz delegado

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Por RUBENS SANTOS

A Polícia Civil de Goiás anunciou hoje ter encontrado "provas consistentes" indicando que a inglesa Cara Marie Burke, de 17 anos, foi morta domingo no apartamento do namorado, Mohammed D''Ali Carvalho dos Santos, de 20 anos, no Setor Leste Universitário de Goiânia. "O caso está solucionado", disse o delegado Carlos Raimundo Lucas Batista, um dos três delegados responsáveis pelas investigações. "Temos a vítima, o autor, as provas, testemunhas e a confissão do autor", resumiu o policial da Delegacia de Homicídios. Se condenado, Santos poderá ficar preso por 36 anos. Pelo homicídio (entre 12 e 30 anos), ocultação de cadáver (de 2 a 3 anos) e retaliação do corpo (1 a 3 anos). Cara foi morta e esquartejada com uma faca inoxidável de 22 centímetros de lâmina. No local onde Cara vivia com o namorado, a polícia colheu hoje novos indícios do crime, como resíduo de sangue na sala, cozinha e banheiro do apartamento 1302, de dois quartos, alugado há cinco meses no Residencial Marconi. Além dos rastros de sangue, foram apreendidas duas fronhas estampadas, com as mesmas cores e formas dos desenhos do lençol onde parte do corpo da inglesa foi enrolado e depois posto numa mala de viagem. No colchão do quarto e no rodapé, também foram colhidos sinais de sangue. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), Cara foi morta com uma facada fatal sobre o ventrículo esquerdo. O Corpo de Bombeiros e a policia não localizaram ainda partes do corpo de Cara. Hoje, durante diligências na região da Estrada de Ferro, a polícia levou Santos para indicar o local onde teria lançado os sacos plásticos. Exame Um exame de DNA (ácido desoxirribonucleico), a ser feito pela Policia Técnica de Brasília, poderá ser o desfecho para o caso de Cara. Por meio da Embaixada da Grã-Bretanha, a Polícia Internacional (Interpol) enviou de Londres cópia de um perfil genético dela, da época em que foi detida pela Scotland Yard em ato infracional. Mas o diretor do IML Ademar Cândido de Souza revelou que somente o original, e não uma cópia, permitirá comparar a amostra com o material que colheu durante a autopsia. A polícia tem o nome e a placa do carro usado para transportar o corpo esquartejado da garota inglesa, de acordo com o delegado.

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