As autoridades de Zhangjiang, província de Cantão, no sudeste da China, estudam uma forma de frear a crescente seca que afeta o lago vulcânico de Huguang Maar, que inclusive despertou o temor diante de uma possível erupção da cratera, segundo a edição desta terça-feira, 3, do jornal China Daily. O lago vulcânico, o maior do mundo, com uma superfície de 2,3 quilômetros quadrados, registra atualmente seu menor nível de água dos últimos dez anos. No segundo semestre de 2006, o nível caiu 5 metros, a 13 metros de profundidade. A princípio, especulou-se sobre a possibilidade de que a redução respondesse a uma iminente erupção do vulcão sobre o qual se encontra, inativo há séculos. No entanto, o principal responsável do Escritório de Sismologia de Zhangjiang, Chen Quan, apressou-se em descartar a hipótese, porque "a observação não mostrou sinal anormal que possa indicar um despertar do vulcão". Luo Shuwen, engenheiro do Escritório de Observação Geológica de Cantão, atribuiu a seca à redução das chuvas no ano passado e à atividade das empresas da região, que freqüentemente bombeiam água do lago. O governo local de Zhangjiang já abordou o caso, e estuda a possibilidade de retomar o nível de água do lago retirando o líquido de um poço anexo ou proibindo a extração de água do lago Huguang. Nesse sentido, especialistas chineses apoiaram a restrição às companhias locais, mas descartaram como não factível a utilização de novas águas procedentes do poço. A importância do lago Huguang está relacionada, além disso, à informação milenar que aloja em seu leito. Um recente artigo da revista Nature explicou, a partir do estudo dos sedimentos de titânio do lago, que os deslocamentos do cinturão de chuvas tropicais pode ter levado à decadência da dinastia Tang entre os anos 700 e 900 da nossa era.
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