CNA vai propor documento sobre APP mundial na Rio+20

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pretende mostrar projetos de boas práticas agrícolas brasileiras durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Um deles, o projeto Biomas, que leva os resultados da pesquisa diretamente ao produtor.A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, explicou nesta segunda-feira, durante encontro com jornalistas em São Paulo, que o projeto Biomas é realizado em parceria com a Embrapa, a um custo de US$ 20 milhões, aplicados pelo produtor rural. "A ideia é simples. O País tem seis biomas, nos quais trabalham pesquisadores e cerca de 300 extensionistas treinados. Em cada um dos biomas, a pesquisa em rede, pela primeira vez, transfere para o produtor os resultados de técnicas sustentáveis".Outra proposta da CNA é a criação de Áreas Permanentes (APPs) globais. De acordo com ela, a ideia foi bem-recebida durante o Fórum Mundial das Águas, que ocorreu em março, na França. Um dos entraves, porém, é a questão das indenizações aos produtores. "Vamos sair da Rio+20 com um documento com detalhes sobre quanto e como preservar, conciliando com a questão social", garantiu.Ela acrescentou, ainda, que a CNA defenderá durante o evento no Rio políticas de governança para o setor agrícola, como plataforma de comercialização de crédito de carbono. "É uma oportunidade de negócio para o produtor transformar preservação em ativo, com o qual poderá, por exemplo, pagar juros mais baixos no crédito agrícola", justificou. Na Rio+20, a CNA terá estande de 1.900 metros quadrados, em um espaço chamado de AgroBrasil, no Pier Mauá. A confederação divulgará documento de posicionamento do setor agropecuário para a conferência no dia 21 de junho.