Comparsa de "Monstro" e "Mancha" é preso no Recife

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Por Agencia Estado
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Joabis Félix Pessoa, de 27 anos, condenado a 8 anos por assaltos a bancos e acusado de seis seqüestros em Diadema e bairros da zona sul de São Paulo, foi preso nesta quarta-feira no Recife. Ele ajudava o bando de Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro, chefe dos seqüestradores do prefeito de Santo André Celso Daniel. Em Pernambuco, Pessoa vivia como um empresário, explorando o ramo dos lotações. Tinha duas vans próprias e duas alugadas, que faziam linhas no centro do Recife e bairros. Ele foi preso pelos policiais da 2ª Delegacia do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), de São Paulo, em uma casa do Bairro do Arruda, onde morava havia mais de um ano. O delegado Edson Santi, que prendeu toda a quadrilha de seqüestradores e assassinos de Celso Daniel, disse nesta quinta-feira que Pessoa, apelidado de Joab, não participou desse crime. A localização do bandido foi possível com a prisão, no dia 6, no Guarujá, de Gilmar dos Santos Neves, de 24 anos, o Mancha, autor de 20 seqüestros. Com um número de telefone encontrado entre os papéis em poder de Mancha, o delegado Santi investigou e localizou o bandido. "Fizemos um levantamento e quando tivemos a certeza de que ele era o morador do bairro do Arruda mandei dois policiais prendê-lo no Recife." Joab deixou São Paulo em 2001, assim que soube de sua primeira condenação por roubo a banco. Entre 1998 e 2000, ele se envolveu numa seqüência de assaltos a agências bancárias. Agia com Monstro e Mancha. Como os dois migraram para os seqüestros, Joab passou a ajudar na captura de vítimas. Assim que fazia sua parte, voltava para Pernambuco. Sua participação nos lucros de cada seqüestro era de 20%. De acordo com informações da polícia, ele aplicava esse dinheiro na compra de veículos para explorar o sistema de lotação. Santi informou que pediu à polícia pernambucana a apreensão das duas vans compradas à vista pelo bandido e também um Golf usado por ele e pela mulher, Ana Paula. "Vamos pedir à Justiça de São Paulo o seqüestro dos bens comprados por ele nos últimos dois anos, pois temos a comprovação de que ganhou o dinheiro com o crime."

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