O consulado geral da França no Brasil irá nomear um procurador para acompanhar as apurações da polícia mineira sobre o assassinato do francês Jean Michel Pernaut, de 42 anos, que era professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e foi morto a golpes de faca na madrugada do último domingo. O corpo foi encontrado por volta das 5h30 na praça Raul Soares, região central de Belo Horizonte, e apresentava cortes nos braços e nas mãos. O golpe mortal foi desferido no peito. A Divisão de Crimes Contra a Vida do Departamento de Investigação da Polícia Civil de Minas, não tinha pistas dos autores do crime até o final da tarde de hoje. Uma testemunha contou aos policiais que viu o francês conversando com uma mulher na praça. O professor teria entrado em luta corporal com dois rapazes ao reagir a um assalto. A polícia recuperou o telefone celular, a carteira com o dinheiro e o carro do francês, localizado em um estacionamento próximo à praça onde foi assassinado. Policiais trabalham com a suspeita de que ele tenha sido vítima de uma armadilha, sendo atraído para o local do crime por uma garota de programa. O corpo do professor foi reconhecido no Instituto Médico Legal (IML) pela sua ex-mulher, Glaura Goulart Silva, que também leciona na UFMG. Pernaut vivia no Brasil desde 1987. Ele era professor adjunto do Departamento de Química da universidade. Familiares eram esperados hoje na capital mineira para decidirem se o corpo será levado para o sudoeste da França, onde ele morava, ou sepultado na cidade. O cônsul honorário da França em Belo Horizonte, Robert Latreille considerou o crime um caso isolado, típico da violência urbana. Segundo ele, 700 franceses vivem atualmente na capital mineira e aproximadamente 1,2 mil em todo o estado.
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