Maioria dos ministros vota contra a criação do partido de Marina Silva
Cartório - de carta, no sentido primitivo de papel, e sufixo orio, especializou o serviço para escritório, arquivo, onde se preparam e guardam papéis forenses.
Na prática arbitrou-se que parcela significativa da sociedade não obterá direito pleno de participação política (uma vez que no atual sistema ela é feita mediante as organizações partidárias). Já que as decisões dos Supremos são soberanas chegou a hora das perguntas inquietantes :
Sabemos que a opinião pública leiga está desacreditada, mas não custa perguntar por que alguns partidos recém surgidos obtiveram registro sob compreensão jurídica análoga as que agora parecem terem sido recusadas?
Qual a participação do anacrônico sistema cartorial nacional no fracasso da criação da Rede? Se houve leniência, má vontade e súbita má disposição - carimbos quebrados, falta de tinta na impressora e absenteísmo recorde -- estas repartições merecem réquiem ou alguém será responsabilizado?
Quais forças políticas, com quais instrumentos e como operaram aqueles que nunca esconderam a torcida para barrar o novo partido de Marina Silva?
O que vale mais: 20 milhões de votos ou 50 mil assinaturas?
Quem quiser respostas pode protocolar uma carta e enviar ao Ombudsman de Brasília. Não esqueçam de reconhecer firma.
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