A Coreia do Sul terá que expandir seu programa de usinas nucleares, apesar da crescente preocupação da população com questões de segurança após o desastre de 2001 em Fukushima, no Japão, e uma série de sustos que fecharam dois reatores no ano passado. A proporção de sul-coreanos que consideram a energia nuclear segura caiu para 34,8 por cento, em um estudo conduzido em novembro e publicado nesta terça-feira, uma queda em relação aos 40 por cento em abril de 2011 e 71 por cento em janeiro de 2010, informou o ministério da Economia do Conhecimento. O ministério foi fortemente criticado por seu papel como regulador e operador das usinas nucleares do país, e uma de suas subsidiárias foi acusada de suprimir a opinião pública negativa após o desastre de Fukushima ao não publicar as sondagens de opinião. Um escândalo de peças falsas fechou dois reatores no ano passado e a indústria omitiu detalhes do fechamento no reator Kori No.1 no início de 2012. "É uma prioridade urgente para recuperar a confiança e a segurança dos reatores, assim como é inevitável manter a energia nuclear em uma determinada porcentagem do suprimento total de energia, considerando a situação do fornecimento de energia e da demanda", disse o ministério. Os dois reatores com problemas foram restabelecidos por completo na semana passada, aliviando temores com a falta de energia durante o inverno. Três outros estão desligados para manutenção e aprovação operacional, porém o abastecimento energético continua sendo uma preocupação em meio aos picos da demanda no inverno, que são esperados até o final do mês que vem. A quarta maior economia da Ásia, que é altamente dependente de importação de gás e petróleo, planeja acrescentar 11 reatores até 2024 além de seus 23 reatores já existentes que fornecem um terço da energia total do país.
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